Fogo: Polícia Nacional investiga furto no santuário de Nossa Senhora do Socorro

Quinta, 30 Junho 2022

A Polícia Nacional está a investigar o furto ocorrido no santuário da Nossa Senhora do Socorro, situado a sul da cidade de São Filipe, declarou o comandante regional, subintendente Herminio da Veiga.

A mesma fonte informou que a instituição policial recebeu uma denúncia dos responsáveis do santuário de que alguém teria entrado no espaço e levantado alguns objectos ainda por apurar, e que a investigação se encontra em curso neste momento.

As informações avançadas dão conta de que pessoas desconhecidas teriam roubado algumas imagens e castiçais do santuário de Nossa Senhora do Socorro “de algum valor “.

A capela, hoje santuário, foi construída pelo Padre Amaro Monteiro Pereira Rebelo nos meados do século XVIII e sempre foi uma capela particular à semelhança de outras que existem em várias localidades da ilha, passando a ser propriedade do sobrinho mais velho do Padre, depois da morte deste da irmã, Maria Fidalga Monteiro Pereira de Rebelo.

Em 1999, com a morte da última proprietária, Ana Gisela, o seu filho residente nos Estados Unidos da América vendeu o santuário aos amigos da família, os capuchinhos.

Dados históricos apontam pela ocorrência de vários incêndios na capela devido às velas deixadas acesas, tendo o último incêndio ocorrido no tempo de José Joaquim Barbosa Vicente, nos finais de 1800, tendo sido restaurada no princípio de 1900.

A construção da capela de Nossa Senhora do Socorro envolve algumas lendas e por exemplo, conta-se que um pastor teria encontrado a estatueta da santa numa escavação da rocha de António de Pina, perto do local onde foi erguida a capela, e a teria levado para a então vila de São Filipe (actual cidade).

O dia da celebração de missa no santuário de Nossa Senhora do Socorro é 05 de Agosto, mas apesar da sua distância, mais de 10 quilómetros da cidade e uns três quilómetros de Luzia Nunes, a comunidade mais próxima do santuário, quase que diariamente é visitado por pessoas devotas, sobretudos dos emigrantes.