Ilha do Fogo tem “um papel especial” no desenvolvimento económico de Cabo Verde - Jorge Spencer Lima

Quarta, 29 Abril 2015
Actualizado a 29/04/2015, 14:49 São Filipe, 29 Abr (Inforpress) - A ilha do Fogo tem “um papel especial” no processo de desenvolvimento da economia cabo-verdiana devido às “suas múltiplas potencialidades”, disse hoje o presidente da Câmara de Comércio, Indústria e Serviços de Sotavento (CCISS), Jorge Spencer Lima.   Durante o encontro com os emigrantes e operadores económicos da ilha para apresentação do estudo realizado por esta instituição, em parceria com a edilidade de São Filipe, sobre as oportunidades de negócios na ilha do Fogo, Spencer Lima disse que chegou a hora de “quantificar as coisas” e definir os projectos com base em “potencialidades reais” para se ter a noção de como investir. O estudo, assegurou, é um indicador das áreas em que se pode investir na ilha do Fogo, anotando que não contempla tudo, mas que é um “primeiro passo” para aproveitar as potencialidades da ilha. O estudo está compilado por áreas de investimentos e, conforme o documento apresentado e distribuído aos presentes, dentro da área de agro-negócio estão alistadas os sectores em que a ilha dispõe de maiores potencialidades, nomeadamente agricultura, pecuária e indústria de transformação, seguido de turismo com economia criativa e ecoturismo, e outras oportunidades de negócios. Dentro do sector agrícola, Spencer Lima aponta como prioritário o investimento no sector de produção de uvas para comercialização e produção de vinho, o reforço da produção do café da ilha, desenvolvimento de fruticultura para comercialização e transformação em sumos e outros derivados, produção de feijão para comercialização. Na pecuária o dirigente do CCISS aponta investimento no domínio de produção, comercialização de queijo, transformação do leite, de entre outros. Com relação ao turismo, Spencer Lima disse que esta actividade continua sendo “marginal na ilha do Fogo" e que há que encontrar forma para ultrapassar este constrangimento e fazer do Fogo uma ilha de destino onde os turistas não chegarão para regressar no mesmo dia, mas para "consumir" a ilha. Para tal, sintetizou, é necessário a construção de novas unidades hoteleiras de raiz com “qualidade necessária” para prestar serviço requerido pelos turistas, ou melhorar as unidades existentes de modo a elevar o nível de qualidade. O responsável apontou um conjunto de outros aspectos, nomeadamente no domínio de economia criativa, com indicadores de várias áreas em que existem “grandes potencialidades”. O investimento no sector de energia renovável, aproveitamento da disponibilidade da água, em que apenas 20 por cento (%) é aproveitada, anotando que existe uma experiência na ilha do Fogo do centro pós colheita onde os produtos são colocados para tratamento, embalagem e comercialização. JR Inforpress/Fim