A pergunta que o  Governo não  quer responder : sabiam desde do mês de Março que  o vulcão podia entrar em erupção ?

Sexta, 05 Dezembro 2014
O Governo de Cabo Verde admitiu hoje à agência Lusa que, “na pós-erupção” do vulcão que assola desde 23 de novembro a ilha do Fogo, todos os relatórios vão ser “analisados” para determinar se houve falhas na prevenção do vulcão. Mas a ministra da Administração Interna, Marisa Morais, por enquanto não quer falar de um assunto que é “incomodativo” na forma da acusação  que “ as autoridades pouco fizeram na prevenção “. Primeiro foram os habitantes de Chã das Caldeiras a dizerem “ que há muito tempo que as autoridades sabiam da erupção e não fizeram nada “. Depois foi o geofísico Bruno Faria a dizer que “ O instituto de Meteorologia e Geofísica tinha avisado à quem de direito sobre a possibilidade de uma nova erupção do vulcão do Fogo “. A confirmação veio  no dedo acusatório do diretor do Instituto Tecnológico e das Energias Renováveis das Canárias (ITER)  que criticou a “inércia” das autoridades cabo-verdianas na prevenção da erupção vulcânica, garantindo que a informação recolhida desde Março em Chã das Caldeiras apontava para uma situação “preocupante” e favorecedora do ressurgimento do vulcão do Fogo. Nemesio Pérez Rodriguez, que se encontra na ilha do Fogo em missão do instituto, indicou que toda a informação recolhida desde março foi enviada a tempo ao Instituto Nacional de Meteorologia e Geofísica (INMG) local, que nunca respondeu .Perante tantas evidências , Marisa Morais disse a Lusa “Não vou falar sobre esta questão, porque neste momento estamos em plena erupção, em plena catástrofe”. Mas admitiu que, neste momento, os relatórios são “preliminares” e que haverá tempo para os analisar e que, se assim se justificar, haverá apuramento de responsabilidades.