19 Abril 2024

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Fogo: Mais de 1.300 famílias serão contempladas com sementes de culturas pluviais – delegado do MDR

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São Filipe, 14 Jul (Inforpress) – Mais de 1.300 famílias rurais dos três municípios da ilha vão ser contempladas com sementes de culturas pluviais para a próxima campanha agrícola, disse hoje o delegado do Ministério do Desenvolvimento Rural (MDR), Elisângelo Moniz. No município mais populoso da ilha, São Filipe, serão contempladas 912 famílias com maior índice de pobreza, nos Mosteiros um total de 260 famílias e em Santa Catarina 132 famílias,  totalizando 1.304 famílias. O delegado do MDR disse à Inforpress que o processo de aquisição de sementes de milho, feijão, bongolom, feijão-congo, fava e outros, financiados pelo Fundo das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO), está na sua recta final e deverá ficar concluída até ao final desta semana. Para o efeito, informou, foram identificados e seleccionados mais de 100 proprietários de terreno e camponeses, que dispõem de alguma quantidade de sementes de culturas pluviais, tendo a Delegação recolhido amostras para a realização de testes de germinação antes do início da aquisição. O resultado do teste de germinação foi de 87 por cento (%) e as sementes serão adquiridas agora com maior garantia de germinação, explicou esse responsável. Segundo Elisângelo Moniz, a ideia é comprar a máxima quantidade possível e, se houver excedente, uma parte será enviada para os agricultores de outras ilhas do país. Adiantou que, além de sementes de culturas pluviais e no quadro do programa financiado pela FAO, serão também distribuídos de forma gratuita sémenes de hortícolas a 50 horticultores dos três municípios, sendo 30 em São Filipe, 12 nos Mosteiros e oito em Santa Catarina do Fogo. A identificação das famílias é feita através de associações e dos conselhos consultivos municipais criados pelas três edilidades da ilha, referiu. Em relação ao projecto de salvamento de gado nas comunidades expostas ao impacto da seca, 123 criadores beneficiam de sêmea para alimentação dos seus animais, sendo 109 dos municípios de São Filipe e Santa Catarina, os mais fustigados pela seca, e 14 dos Mosteiros. De acordo com o engenheiro, o projecto contempla não apenas as famílias cuja principal fonte de renda é a pecuária de pequena escala (máximo de 17 cabeças de animais), mas também as que perderam parte significativa dos seus meios de vida (animais vivos) por terem esgotado o seu ‘stock’ de alimentos e as que não beneficiam de outros programas de assistência. A selecção está sendo feita com o apoio das associações de desenvolvimento comunitário e dos conselhos consultivos dos municípios, através da listagem das famílias com maior carência e do número de cabeças de gado que dispõem, sendo que depois a Delegação organiza todo o processo de distribuição. Neste momento, explicou, pouco mais de 40 toneladas de sêmea estão nos armazéns da Delegação e, a partir de hoje, dar-se-á início à sua distribuição gratuita aos beneficiários nas próprias localidades, um trabalho a ser feito em parceria com as Câmaras, evitando, deste modo, a deslocação a São Filipe e com custos adicionais para fazer o seu levantamento. A Delegação aguarda ainda a chegada de mais de seis toneladas de sêmea para completar as 47 toneladas que a FAO disponibilizou para as famílias que dependem da pecuária. Elisângelo Moniz esclareceu que, nos Mosteiros, apenas 14 famílias serão beneficiadas porque, na altura da realização do levantamento, os criadores tinham espaço para recolha de pastos, nomeadamente o perímetro florestal de Monte Venha, pastos esses que foram consumidos pelas chamas do incêndio do início de Maio último. JR/AB Inforpress/Fim

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