19 Abril 2024

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Erupção vulcânica: Cronologia da primeira quinzena

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Actualizado a 08/12/2014, 14:11 São Filipe, 08 Dez (Inforpress) - A erupção vulcânica de 23 de Novembro vai na sua primeira quinzena de actividade, com danos consideráveis em Chã das Caldeiras (destruição de 95 por cento de Portela e 70 de Bangaeira), estando as lavas a ameaçar Mosteiros. Sábado, 22 de Novembro O presidente do Instituto Nacional de Metereologia e Geofísica (INMG) contacta, no final da tarde, o Serviço Nacional de Protecção Civil e Bombeiros - SNPCB, tenente-coronel Arlindo Lima, a alertar para a probabilidade grande de haver uma erupção vulcânica. INMG informa ao presidente da Câmara Municipal de Santa Catarina - Fogo a possibilidade de acontecer uma erupção, por voltas das 23:30. Domingo, 23 de Novembro INMG, por volta das 06:00, confirma a probabilidade de uma erupção vulcânica ao presidente do SNPCB. SNPCB articula a evacuação da população de Portela e Bangaeira com o presidente da Câmara Municipal dos Mosteiros, Aquileu Amado, que também já havia feito as devidas articulações para a acção no terreno com os demais presidentes das câmaras da ilha. Ministra da Administração Interna, Marisa Morais é informada pelo tenente-coronel Arlindo Lima, por volta das 08:45, que a erupção vulcânica era iminente (a qualquer momento). Ministra da Administração Interna, Marisa Morais, determina que seja accionado o Plano Especial de Emergência das Erupções Vulcânicas e reúne-se com a Protecção Civil, por volta das 10:30, para avaliação da situação e tomada de decisões. Para isso, ouviu os três presidentes das Câmaras do Fogo e, também, o da Brava e deu as devidas orientações para iniciarem a implementação do plano de contingência e do plano de emergência em caso de erupção. Câmara Municipal de Santa Catarina mobiliza carros, camiões e voluntários para apoiarem na evacuação da população de Chã das Caldeiras. 09:45 a erupção tem o seu inicio Por voltas das 13:00 um avião sai da Cidade da Praia em direcção ao Fogo com profissionais da Proteção Civil e da Cruz Vermelha, militares para reforçarem a equipa da protecção civil municipal, para além dos cientistas da universidade de Cabo Verde e a imprensa. Via principal de acesso a Chã das Caldeiras é “cortada” pelas lavas que estavam em direcção a Cova Tina. 16:00 - Reunião do Conselho Nacional de Protecção Civil, que é constituído pelo MAI, MAHOT, MFP, MS, MIEM, Polícia Nacional, Forças Armadas, autoridades aeroportuária e aeronáutica, na qual a ministra Marisa Morais declara estado de contingência e dá orientações para que a Câmara Municipal de Santa Catarina do Fogo efectuasse a evacuação de toda a população de Chã das Caldeiras. Um navio com medicamentos, colchões, mantas, camas, tendas, geradores e mais 18 militares sai da Cidade da Praia em direcção ao Fogo. No final do dia de domingo termina a evacuação das pessoas residentes em Chã das Caldeiras Segunda-feira, 24 de Novembro Ministra da Administração Interna, Marisa Morais, presidente da Protecção Civil, director geral das Infraestruturas chegam ao Fogo e reúnem-se com instituições locais e centrais para avaliação e coordenação das acções a implementar. A primeira decisão tomada foi a de se construir uma nova via de acesso alternativo e emergencial. O Instituto de estradas e o MIEM iniciaram a identificação e avaliação da melhor localização para esta via e a articulação com as empresas construtoras residentes na ilha. Decidiu-se reforçar a presença da Polícia Nacional e o contingente militar. Abertura e início de gestão dos centros de acolhimento dos desalojados, com uma resposta rápida do Ministério de Educação e Desporto que disponibilizou escolas e liceus de Achada Furna, Monte Grande e Mosteiros para o alojamento das vítimas num primeiro momento. Realização do Conselho de Ministros de Emergência para tomada de decisões. Terça-feira, 25 de Novembro Inicia-se o processo de abertura da via de acesso alternativo com a colocação das máquinas no terreno. Reforço da equipa do Serviço Nacional de Protecção Civil, com a chegada ao Fogo do coordenador de Operações e da Logística. Chegada ao Fogo do Corpo de Intervenção da Polícia Nacional. Um barco da ENACOL leva ao Fogo mais profissionais da Protecção Civil, Polícia Nacional, mantimentos, tendas, geradores e bens de primeira necessidade. Lavas atingem parcialmente a sede do Parque Natural do Fogo e algumas casas. Dá-se início à evacuação dos bens que se estende até sexta-feira. Quarta-feira, 26 de Novembro Avanço das lavas em direcção ao Monte Amarelo Iniciou-se a abertura de um novo acesso à localidade por parte da Direcção-Geral das Infraestruturas. Primeiro-ministro, José Maria Neves, chega ao Fogo para se inteirar da situação, reúne-se com autoridades e decidem questões relacionadas com a erupção vulcânica na ilha. Quinta-feira, 27 de Novembro Vulcão torna-se ainda mais activo mas sem consequências a registar. Sexta-feira, 28 de Novembro As lavas diminuem de velocidade na sua ocupação de terreno. Sábado, 29 de Novembro A situação continua estável com a excepção de que duas bocas do vulcão surgidas anteriormente se fundiram numa só.Chega uma equipa da Força Aérea portuguesa com o objectivo de entregar 22 rádios satélites para serem usados em caso de necessidade. SEGUNDA SEMANA Domingo, dia 30 de Novembro As lavas ganham maior velocidade e destroem completamente a sede do Parque Natural, em Portela. Segunda, 01 de Dezembro O vulcão dá uma trégua e as lavas têm um avanço pouco expressivo no terreno. Terça-feira, 02 de Dezembro As lavas avançam muito rapidamente e destroem o Hotel Pedra Brabo, escola, posto policial, delegação municipal, posto de saúde e 39 casas, perfazendo 57 casas destruídas em Portela. Quarta-feira, 03 de Dezembro As lavas não tiveram um avanço significativo no terreno. Quinta-feira, 04 de Dezembro Presidente da República, Jorge Carlos Fonseca, visita Chã das Caldeiras. Fragata da Marinha portuguesa chega à ilha do Fogo para apoiar as operações no terreno e traz na tripulação uma equipa médica, mantimentos, medicamentos, cobertores, camas e outros equipamentos. Sexta-feira, 05 de Dezembro Aumento das lavas na boca eruptiva, mas regista avanço lento no terreno. Sábado, 06 de Dezembro Chegam à ilha, no começo da tarde, a bordo do navio Kriola, tendas sanitárias, esteiras, máscaras de protecção para combate oferecidos por Portugal, vindos na Fragata. Vulcão intensifica a sua actividade e as lavas avançam muito rapidamente por Portela em direcção a Bangaeira. Por volta das 18:30, as lavas destroem o polidesportivo, 18 casas e a terceira via de acesso aberta desde o início da erupção.Acesso a Chã das Caldeiras condicionado. TERCEIRA SEMANA Domingo, 07 Dezembro Nas primeiras horas de domingo, as lavas destroem as igrejas Adventista do Sétimo Dia e Católica em Portela e logo depois demolem as partes traseiras e dianteiras da Adega de Vinho. Por volta das 06:00 da manhã, as lavas invadem Bangaeira e destroem a Pensão Marisa e cerca de 20 casas. Às 11:00, 70% de Bangaeira já estava invadida pelas lavas Interdição total a Chã das Caldeiras SRInforpress/Fim

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